Ventos fortes derrubaram árvores e postes e deixou parte da cidade no escuro
A Prefeitura de Indaiatuba montou uma “força-tarefa” na noite de terça-feira (03) para fazer os reparos e a limpeza das ruas atingidas pelo temporal que caiu sobre a cidade no final da tarde. A Defesa Civil e as secretarias de Urbanismo e Meio Ambiente e de Obras e Vias Públicas se uniram às equipes do Corpo de Bombeiros e da CPFL-Piratininga com o objetivo de amenizar os problemas causados pela chuva e pelo vento. Os trabalhos continuam durante todo o dia de hoje até a conclusão dos serviços.
De acordo com o Departamento de Defesa Civil da Secretaria Municipal de Segurança, a Estação Automática de Meteorologia do Instituto Agronômico de Campinas, instalada na Prefeitura, registrou 27mm de chuvas, mas em alguns pontos da cidade estima-se que o volume tenha sido superior a isso. O maior problema foi a velocidade dos ventos que provocou a queda de postes, árvores, outdoors e danificou imóveis. O registro da velocidade dos ventos é monitorado pelo Ciiagro (Centro Integrado de Informações Agrometereológicas), de Campinas, e a Defesa Civil ainda aguarda essa informação, que deve ser divulgada à tarde.
O coordenador da Defesa Civil do município, Paulo Cesar Feijão, ressaltou que apesar dos estragos, é uma chuva esperada para esta época do ano e que a cidade está preparada para agir nesses casos. “Logo que começou a chuva já estávamos nas ruas levantando os problemas e coordenando ações para reestabelecer a ordem na cidade o mais rápido possível. Até a meia noite de ontem estávamos com as principais vias da cidade liberadas e com o trânsito normalizado”, completou.
Pelo balanço inicial apresentado pelas secretarias envolvidas nos reparos, o vento forte derrubou 35 postes de iluminação pública e outros quatro de fornecimento de energia, além de danos causados em fiações, o que deixou 50 mil residências no escuro durante o temporal.
A direção da CPFL-Piratininga informou que até meia-noite as equipes de plantão conseguiram reestabelecer o fornecimento de energia a maior parte da população. Os trabalhos avançaram durante a madrugada, mas cerca de 1.000 imóveis concentrados na região do Jardim Morada do Sol e Campo Bonito ainda amanheceram sem energia.
A empresa trouxe equipes das cidades de Vinhedo e Jundiaí e está trabalhando com 20 equipes na cidade. A previsão da empresa é de que até as 12h de hoje todos os postes estejam religados.
No início da manhã desta quarta-feira (04) o Departamento de Defesa Civil computou a queda de aproximadamente de 60 árvores. Em três pontos da cidade árvores de grande porte caíram sobre veículos, mas não houve nenhuma vítima. Essas ocorrências foram registradas nas avenidas Presidente Vargas e Presidente Kennedy, e também no Jardim Santa Cruz, próximo à Caixa D’Água.
Logo que a chuva deu uma trégua, as equipes da Secretaria de Obras, do Urbanismo, Defesa Civil e Corpo de Bombeiros estavam nas ruas organizando o trânsito e fazendo o corte e retirada dos galhos nos pontos de maior circulação de veículos. Na praça Rui Barbosa, entre as ruas Ademar de Barros e Treze de Maio, o trânsito amanheceu interditado porque a limpeza da rua dependia da retirada de postes de fornecimento de energia por parte da CPFL, trabalho que já está em andamento para a liberação da via.
As equipes da Secretaria de Obras e Vias Públicas também estão nas ruas desde a noite de ontem trabalhando na substituição dos postes de iluminação pública que foram derrubados e no ordenamento do trânsito dos pontos atingidos por quedas de árvores, dos postes e, principalmente, nas vias que ficaram sem semáforo por falta de energia. Trinta dos 59 pontos atendidos por semáforos na cidade deixaram de funcionar durante o temporal. Apenas um ponto localizado na rua Vinte e Quatro de Maio ainda estava desligado durante a manhã, com uma equipe trabalhando no local.
A Defesa Civil também registrou quatro pontos de alagamentos na cidade: na rua Martinho Lutero, na Francisco de Paula Leite, nas proximidades do Indaiatuba Clube e na Marginal Esquerda do Parque Ecológico, próximo ao Barco. Nos quatro locais o escoamento das águas foi comprometido por conta do grande volume de chuvas concentradas em um curto período de tempo. Alguns minutos depois que a chuva diminuiu a situação já estava normalizada.
Quanto aos estragos sofridos pelos prédios públicos, o maior deles foi a queda de parte do telhado do Centro Cultural Wanderley Peres, na Praça D. Pedro II. O prédio estava vazio porque a Secretaria de Obras já havia programado a obra de substituição do telhado para a próxima semana.
Fotos: Giuliano Miranda
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