terça-feira, 18 de abril de 2017

Indaiatuba Sedia Congresso Internacional de Jazz Dance

Entre os profissionais está o destaque da 6ª temporada do So You Think You Can Dance, Nathan Trasoras e a vietnamita Mayala, que já coreografou para grandes companhias americanas
Em 2016 o Congresso reuniu mais de 170 bailarinos
CRÉDITO FOTO Wilian Aguiar 

Indaiatuba se transforma na capital do jazz a partir desta quinta-feira, 20, com a 9ª edição do Congresso Internacional de Jazz Dance, que segue até domingo, 23. O evento, organizado pela diretora do Galpão 1 Academia de Dança, Erika Novachi, e pela jornalista e crítica de dança, Marcela Benvegnu, promete levar o que há de melhor do gênero com aulas ministrada por nove professores, no Centro de Convenções Aydil Pinesi Bonachella. As vagas para participação estão esgotadas.
Contando com 140 participantes, o evento tem representante tanto do Uruguai, quanto do Brasil, com bailarinos de nove diferentes estados – Pará, Tocantins, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Minas Gerais, Ceará e Paraíba. “Para nós é motivo de muita alegria ver a diversidade deste Brasil representado pelo Jazz Dance. Ficamos muito felizes que a nossa dança diminui as fronteiras entre as pessoas e que elas venham ao Congresso, em Indaiatuba, buscando mais informação”, conta Erika Novachi, codiretora artística do evento.
Para ministrar as aulas, tanto práticas quanto teóricas, marcam presença no Congresso professores de renome nacional e internacional, com destaque para Nathan Trasoras e Mayala, grandes nomes da dança hollywoodiana, que estão pela primeira vez no Brasil. Nathan é dos fenômenos da sexta temporada do programa de televisão americano So You Think You Can Dance, além de participar de trabalhos no programas The VoiceEllen DeGeneresGot Talent America e American Idol. Sua formação diversificada funde jazz contemporâneo e hip-hop. Já Malaya é uma vietnamita radicada nos Estados Unidos e sua técnica mistura o jazz clássico e lírico. Professora da Edge Performing Arts Center em Los Angeles, desde 1997, já coreografou para a The Houston Metropolitan Dance Company, University of Oklahoma, Commonality Dance Company, também realizou trabalhos em países como Suíça, Itália, México, Canadá, Alemanha, Suécia, Noruega, Nova Zelândia, Austrália, Coreia e Japão.
Ainda no time dos americanos há Francis Roach, assistente de muitos anos do bailarino Eugene Louis, conhecido como Luigi, que criou a primeira metodologia para jazz dance na América. Seu estilo moderno tem também um toque de anos 1980, remetendo ao jazz tradicional.
No campo nacional, as aulas ficam por conta das mulheres. Vivien Fortes, atualmente coreógrafa do programa Dancing Brasil, apresentado pela Xuxa na Rede Record, leva a dança para a linha de show, colocando todos para dançar, pensando na individualidade de cada um. Enquanto Luana Espíndola apresenta um jazz de qualidade, com aulas bem montadas e é conhecida, sobretudo, por trabalhos que ganham a cena da dança nos festivais. Tanto Vivien, quanto Luana, já assinaram coreografias para o grupo de Erika Novachi, professora e coreógrafa de lyrical jazz desde 1995.
Para demonstrar a relação entre fotografia e dança, o fotógrafo Wilian Aguiar apresenta o universo da dança por meio de imagens, além de fazer uma reflexão sobre direitos autorais. As conversas se ampliam no Por Falar em Jazz, com a presença do bailarino e coreógrafo uruguaio Oswald Berry, que compartilhará sua trajetória, tanto no jazz, quanto na televisão, enquanto trabalhou como coreógrafo da Xuxa e participou de inúmeros programas de TV.
Para Marcela Benvegnu, codiretora artística do Congresso, desde a primeira edição a teoria sempre teve a mesma importância da prática. “É preciso pensar a dança e refletir sobre o que está sendo feito. Assim, serão propostas reflexões acadêmicas baseadas em pesquisas desenvolvidas sobre jazz dance em universidades com mesas redondas, exibição de vídeos e palestras que dialoguem com o gênero”, explica Marcela, que ministra nesta edição uma palestra sobre a importância da clareza nos releases de dança.
Para Erika Novachi, que divide com Marcela a responsabilidade da direção artística do evento, o resultado conquistado pelos alunos, ao final de cada edição é a maior vitória. “Entendemos que ao unir teoria e prática ajudamos a preservar este estilo e também colaboramos para a evolução técnica de cada participante. A cada ano apresentamos linhas temáticas diferentes, que dialogam com o passado e ao mesmo tempo o atualizam, trazendo o que às vezes foi esquecido, ao mesmo tempo em que lançamos tendências”, completa.
Sobre o Congresso Internacional de Jazz Dance
O Congresso Internacional de Jazz Dance chega, este ano, a sua 9ª edição. Já passaram pelo evento, que desde o princípio acontece em Indaiatuba (SP), 47 importantes personalidades da dança: Pat Taylor, Bill Prudich, Roberta Fontana, Erika Novachi, Katia Barros, Maíza Tempesta, Desmond Richardson, Cecília Marta, Nick Kenkel, Andrea Spósito, Regina Sauer, Marcela Benvegnu, Madalena Machado, Vilma Vermon, Cecília Martha, Jim Cooney, Derek Mitchel, Monique Paes, Regina Dragone, Mery Rosa, Carlota Portella, Nan Giorgano, Suzi Taylor, Josh Bergasse, Fernanda Chamma, Eliane Fetzer, Zeca Rodrigues, Fabio Cardia, Redha Beintenfour, Jojo Smith, Edy Wilson, Ricardo Scheir, Edson Santos, Rose Calheiros, Luiz Coelho, Ronnie Klebelewski, Marly Tavares, Sheila Baker, Sue Samuels, Jhean Allex, Ana Araújo, Cristina Cará, Christiane Matallo, Gilberto de Syllos, Cinthia Villas Boas, Alexandre Ribeiro e Caio Nunes. Mais informações no site www.congressodejazzdance.com.br.
Sobre Erika Novachi
Erika Novachi é um nome reconhecido no cenário do jazz dance brasileiro. Diretora residente da Galpão 1 Academia de Dança, de Indaiatuba, transita entre os principais festivais de dança do país com destaque. É professora e coreógrafa de lyrical jazz desde 1995, e bailarina. Atuou em companhias como Grupo Raça, com direção de Roseli Rodrigues, e Companhia Dançar, com direção de Rose Calheiros. Entre seus principais prêmios como coreógrafa, destacam-se diversos primeiros lugares no Festival de Dança de Joinville. É frequentemente convidada para compor júri em mostras e competições de dança. Em agosto de 2009 ministrou aula de lyrical jazz, na Broadway Dance Center, em Nova York, e em fevereiro de 2017, na Crossroad of Arts, em Los Angeles, Califórnia. Em 2010 e 2014 foi professora de lyrical jazz, no Festival de Dança de Joinville.
Sobre Marcela Benvegnu
Mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, Marcela Benvegnu é jornalista e crítica de dança. É coordenadora de Educativo e Comunicação da São Paulo Companhia de Dança e pós-graduada em Estudos Contemporâneos em Dança pela Universidade Federal da Bahia, onde desenvolveu uma monografia sobre o jazz dance. Sempre atua como júri, palestrante, crítica ou jornalista convidada em eventos como o Dança Ribeirão, Festival Internacional de Sapateado, Sapateia São Paulo, Temporada de Balé Russo de São Paulo, Corpo Rastreado, Festival de Dança de Londrina, Olhares Sobre o Corpo, Festival de Dança de Uberlândia, Festidança, Festival de Dança de Joinville, Bento em Dança, e outros. Em agosto de 2009 ministrou a palestra História do Jazz Dance e Corpo Brasileiro, na Broadway Dance Center, em Nova York e em fevereiro de 2017, na Crossroad of Arts, em Los Angeles, Califórnia. É coautora do documentário, Roseli Rodrigues - Poesia em Movimento e codiretora da Revista de Dança.
SERVIÇO
9a edição do Congresso Internacional de Jazz Dance no Brasil
Data: de 20 a 23 de abril
Local: Centro Aidyl Pinesi Bonachella - rua das Primaveras, 210 – Indaiatuba

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