segunda-feira, 28 de março de 2016

COMISSÃO SELECIONA ARTISTAS PARA MAIO MUSICAL DA CULTURA

Jurados Jether Garotti e Nelson Ayres avaliaram projetos inscritos

Os jurados Nelson Ayres e Jether Garotti.

A Secretaria Municipal de Cultura informa que foi realizada no último dia 22 reunião para análise de todos os projetos inscritos pelos artistas interessados em participar da programação do 24º Maio Musical. A avaliação e definição de quais projetos estão aptos a compor a agenda do festival foram coordenadas pela Comissão de Seleção, integrada pelos músicos Jether Garotti e Nelson Ayres. Conforme regulamento, pelo menos 50% dos escolhidos devem ser de artistas sediados em Indaiatuba. Com base nos resultados apontados pela comissão, a Secretaria de Cultura definirá a programação final do Maio Musical, que deve ser divulgada na segunda quinzena de abril. O regulamento também especifica que, além dos músicos indaiatubanos, os espetáculos poderão englobar artistas convidados de outras localidades. Informações (19) 3894-1867.
Já tradicional na programação cultural do município, o Maio Musical da Secretaria Municipal de Cultura tem como objetivo fomentar o interesse do público pela produção musical, estimular os diversos elos da cadeia produtiva da música e divulgar o trabalho de artistas de Indaiatuba e de todo o território nacional, com espetáculos gratuitos durante todo o mês de maio.
Sobre os jurados
Jether Garotti
Pianista, tecladista, clarinetista, vocalista, soundesigner, arranjador, orquestrador, produtor musical e compositor de trilhas sonoras, graduado em clarinete erudito pela Escola de Comunicações e Artes /USP (São Paulo) e mestrado em música popular brasileira pela UNICAMP (Campinas). Iniciou sua carreira aos 13 anos em 1979, no Conjunto de flautas doce Guiomar Novaes, regido pela professora Sofia Helena de Oliveira e que em 1981 recebeu o prêmio da APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) de “Melhor Conjunto Instrumental Erudito”. É criador e diretor musical de trilhas sonoras para dança (Balé da Cidade de São Paulo), teatro (peça “Salomé” de Cristiane Torloni), musicais (“Emoções Baratas” e “Mucho Corazon”) sob direção de José Possi Neto e filmes publicitários para TV e rádio há 20 anos. Participou como instrumentista, arranjador e assistente de direção musical em projetos com Milton Nascimento (CD “Amigo”), Nana Vasconcelos (espetáculo “ABC Musical”), Toquinho (CD “Só tenho tempo para ser feliz”) e Jane Duboc (CD “Movie Melodies”). Participou também de projetos com João Bosco, Alcione, Ivan Lins, Edu Lobo, Ana Carolina, Luiza Possi, Fafá de Belém, Eduardo Dusek, Elizete Cardoso, Ney Matogrosso, Guilherme Arantes, Flávio Venturini, Leila Pinheiro, Paula Lima, Rosa Maria, Dominguinhos, Paulinho da Viola, Toninho Ferragutti, Paulo Moska, Moraes Moreira, Cadu de Andade, Luzia Dvorek, entre outros. É arranjador residente da Orquestra Sinfônica de Heliópolis, sob direção artística do maestro Isaak Karabtchevsky e administrada pelo Instituto Baccarelli. Como arranjador e orquestrador já fez trabalhos para as seguintes orquestras e bandas sinfônicas brasileiras: Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional de Brasília, Orquestra Sinfônica de Recife, Orquestra Jazz Sinfônica de São Paulo, Orquestra Sinfônica de Santo André , Orquestra Sinfônica do Conservatório Musical de Tatuí, Orquestra Arte Viva de São Paulo, Orquestra Sinfônica de Heliópolis (arranjador residente), Orquestra Experimental de Repertório de São Paulo, Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, Orquestra Municipal de Jundiaí, Orquestra Opus de Minas Geraes, Orquestra Sinfônica da Universidade de Caxias do Sul, Orquestra de Sopros de Caxias do Sul e Coral Municipal de Caxias do Sul. É maestro arranjador da cantora Zizi Possi há 25 anos, e participou dos últimos 11 CDs de sua carreira, dentre eles “Per Amore” e “Pra Inglês ver….e ouvir”, recebendo diversos prêmios e 3 indicações no  1st Latin Grammy Awards, dentre elas, a indicação de “Melhor Disco de MPB” no ano de 2000 com o CD  “Puro Prazer” - gravado em Los Angeles em 1999. Participou da turnê do projeto “Tudo se transformou”, gravado em 2012, viajando por todo o Brasil. Atualmente é maestro arranjador do projeto “Minas em Mim 2015” com Jane Duboc e do projeto “Voz e Piano” com Zizi Possi, viajando pelo Brasil. Endorsee Yamaha desde 2014. Criador e desenvolvedor de banco de trilhas sonoras para mercado nacional e estrangeiro.
Nelson Ayres
Apesar de sua postura sempre discreta, o pianista, arranjador e compositor Nelson Ayres é amplamente reconhecido como umas das personalidades mais importantes da música instrumental brasileira contemporânea, um constante inovador. Iniciou sua carreira na década de 60, dividindo o palco com outros estudantes que traziam para São Paulo o nascente movimento da bossa nova, como Taiguara, Toquinho e Chico Buarque. Com uma bolsa de estudos, tornou-se o primeiro aluno brasileiro a cursar o afamado Berklee College of Music em Boston, onde, com o saxofonista Vitor Assis Brasil, criou o quinteto Os Cinco, primeiro grupo de música instrumental brasileira da costa leste americana. Nos Estados Unidos tocou e gravou com Airto Moreira e Flora Purim, Astrud Gilberto no auge de seu sucesso, Ron Carter, Walter Booker e outros músicos de peso. Na volta para o Brasil, foi procurado por músicos profissionais paulistas para transmitir o que havia aprendido em sua temporada americana. O curso informal montado para estes músicos foi a origem da Big Band de Nelson Ayres, que pode ser considerada o principal núcleo de revigoração da música instrumental paulista da década de 70. Durante oito anos a orquestra se apresentou todas as segundas feiras para plateias lotadas no Auditório Augusta e Opus 2004, e levou música instrumental para o circuito universitário. Foi também figura de destaque nos dois legendários Festivais de Jazz São Paulo/Montreux, apresentando-se ao lado de Benny Carter, Dizzy Gillespie e Toots Thielemans. Em 1978, criou o Pau Brasil, um quinteto que propõe para a música instrumental brasileira um caminho diferente do jazz-rock predominante na maioria dos grupos do gênero. O grupo, ainda muito atuante, fez diversas turnês pela Europa e Japão, além de gravar vários discos lançados internacionalmente. O Pau Brasil acaba de lançar seu novíssimo trabalho Villa-Lobos Superstar, tendo como convidados o grupo de cordas Ensemble SP e o cantor Renato Braz. Com César Camargo Mariano, estrelou em 1984 o espetáculo Prisma, primeiro show brasileiro a usar intensivamente recursos de computação aliados a instrumentos eletrônicos. Na década de 90, Nelson Ayres voltou-se novamente para a música orquestral, atuando por nove anos como regente e diretor artístico da Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo, e o principal responsável por seu enorme sucesso. Tem regido frequentemente outras orquestras no Brasil e no exterior, incluindo a prestigiosa Orquestra Filarmônica de Israel, considerada uma das melhores do mundo, que recentemente esteve no Brasil sob a regência de Zubin Mehta. Composições de Nelson Ayres foram gravadas por Monica Salmaso, César Mariano, Milton Nascimento, Herbie Mann, Renato Braz, Kenny Kotwick, Joyce, Ivan Lins, Marlui Miranda, e até pelo cantor romântico Daniel, entre outros. Suas composições de música erudita têm sido executadas por orquestras, solistas e grupos de câmara em todo o mundo, como a Orquestra Sinfônica de Jerusalém, New York Symphony Brass Quintet, Ahn Trio, Henry Bok e Julliard Brass Quintet. Foi comissionado pela Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo para compor seu Concerto para Percussão e Orquestra, indicado para o Grammy Latino 2011 como melhor CD de música clássica. A partir de 2000 voltou a dedicar-se ao piano, liderando o Nelson Ayres Trio, que conta com a participação de Alberto Luccas, contrabaixo, e Ricardo Mosca, bateria. Foi também Presidente do Júri do Prêmio Visa de Música Brasileira, e apresentador do programa Jazz & Cia da TV Cultura. Apresenta-se também em trabalhos camerísticos com os intérpretes Monica Salmaso e Renato Braz. Em 2004 lançou o premiado CD Perto do Coração. A faixa-título, apesar de ser instrumental, ficou entre as três finalistas como "melhor canção" do Prêmio Tim 2004. Logo a seguir, relançou agora, com uma série de shows por todo o Brasil, o CD Mantiqueira, gravado em 1981, considerado um dos grandes clássicos da música instrumental brasileira. Seu novíssimo trabalho, o CD Paixão, foi contemplado com o Prêmio Funarte de Música Popular Brasileira.

Foto: Divulgação

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